Lições da Copa do Mundo do Catar – #FalaMais2
Alguma vez a autoconfiança exagerada levou você a cair?!?
O que fazer para mantermos a autoconfiança num nível ponderável?
Existe uma expressão no mundo esportivo, e sempre relembrada na área futebolística, chamada “salto alto”.
A expressão tem origem histórica e remete à nobreza europeia dos séculos XVI, XVII e XVIII que, para se destacarem das classes mais baixas e não pisarem na sujeira nos espaços públicos, utilizavam calçados de salto alto; tanto homens, quanto mulheres.
Assim, uma equipe, jogador ou jogadora que entra numa competição de “salto alto”, significa que ela entra com ar de superioridade, com arrogância, menosprezando e subestimando equipe adversária, adversário ou adversária.
Na Copa do Mundo do Catar, algumas seleções chegaram ou foram colocadas no “salto alto”, assim como alguns jogadores, e o “tombo” foi proporcional.
Basta lembrarmos que, ainda na fase de grupos, Alemanha (aquela do 7X1), a Bélgica (que eliminou o Brasil em 2018) e o Uruguai (do macaranaço) caíram ainda na largada.
Já a La Furia Roja (Seleção Espanhola), por pouco não ficou na fase de grupos. Mas, apesar de seu técnico considerar que sua equipe tinha o melhor futebol do Mundo, foi eliminada pela sensação da Copa: o Marrocos.
A partida da final da Copa também serve para ilustrar a nossa reflexão sobre “não cantar vitória antes da hora”. Ou, como canta o poeta Geraldo Azevedo: “Quanto mais alto voam maior o tombo”. Nesse caso trocamos voar por “viajar”; não no sentido literal.
Um certo jogador brasileiro, na viagem para Doha, postou uma foto de seu calção com a sexta estrela, uma referência a um possível hexacampeonato mundial da Seleção Canarinho. Provocação? Autoconfiança? Arrogância? Mente focada? Desejo? Ou outra alternativa?!?
Esse mesmo jogador, numa entrevista coletiva, disse que não se tratava de provocação, mas, de um desejo, do objetivo no qual estava focado. E acrescentou: “Vai dar tudo certo e vamos sorrir no final” (sic).
Bom, não estamos dando spoiler, mas, o fato é que ele e vários de seus companheiros de equipe, assim como milhões de brasileiros acabaram chorando ainda nas quartas de final.
A expressão “salto alto” combina muito bem com “não cantar vitória antes da hora”, assim como um salto alto, fino, quadrado ou plataforma combinam com um bom corte.
A diferença é que, no segundo caso, a combinação pode fazer com que você se destaque positiva e assertivamente. Já no primeiro caso, quando se entra de “salto alto” ou “cantando vitória antes da hora” numa competição, quase sempre o resultado é um desastre.
Estamos começando um novo ano. Com 365 novas oportunidades (a depender do dia que você estiver lendo esse artigo, já terá gasto algumas delas). Entrar de “salto alto” ou “cantando vitória antes da hora” não é um bom conselho.
Porém, isso não significa que tenhamos que começar de cabeça baixa ou “pedindo desculpas por existir”. Não! Definitivamente, não! Precisamos começar esse novo ano de cabeça erguida, autoconfiantes, otimistas, com a mente focada nos resultados que queremos alcançar. Compartilhe conosco, nos comentários, uma situação em que você de entrou de “salto alto” e/ou “cantando vitória antes da hora” e levou um “tombo pedagógico”.
SIRLEY MACHADO MACIEL, Mestre em Tecnologia, Psicodramatista, Especialista em EAD, Master Coach, Analista Comportamental Pessoal e Profissional Internacional, pela Sólides Profiler, Terapeuta Transgenerativa. Professora de Oratória há 36 anos. Palestrante, Mentora de de Palestrantes, Autora, Empresária, Presidente do Intrepeds – Instituto de Pesquisa, Treinamento e Desenvolvimento do Ser.
RUI VALESE, Doutro e Mestre em Educação. Master Coach, Analista Comportamental Pessoal e Profissional Internacional, pela Sólides Profiler. Professor de Filosofia e História há 34 anos. Palestrante, Autor e Vice-Presidente do Intrepeds – Instituto de Pesquisa, Treinamento e Desenvolvimento do Ser.
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